O coronavírus, primeiramente registrado na China, é como ficou conhecido uma nova cepa da família CoV que está causando alvoroço no mundo nos últimos meses, já tendo infectado por volta de 75 mil pessoas em 25 países.

A preocupação se dá pelo aumento no número de mortes registradas (já foram mais de 2 mil) e pela possibilidade de difusão do vírus ocasionando uma mudança de status de epidemia para pandemia (escala global).

A OMS declarou emergência de saúde pública, estado declarado apenas outras cinco vezes (H1N1, zika, ebola em duas situações e pólio).

Além do perigo do vírus, muita informação falsa tem sido divulgada, o que dificulta que as pessoas possam tomar as medidas corretas de prevenção e tratamento. Esses boatos, ainda, levam a população ao pânico e podem prejudicar muito, tanto quanto a doença. Logo é importante se informar e estar atento às fake news. 

coronavirus1 - O que já se sabe sobre o coronavírus

A doença causada pelo coronavírus

A OMS definiu na semana passada, através da junção das palavras “corona”, “vírus” e “doença”, o nome oficial da enfermidade: “Covid-19”. É uma padronização na divulgação das informações pelas autoridades de saúde. É também uma tentativa de dissociação do acontecimento de uma região específica e de populações que já estão sendo atacadas e reduzidas ao vírus.

Além disso, o termo “coronavírus” é tecnicamente incorreto, pois define toda a família de vírus da qual o causador da Covid-19 faz parte. Esse, especificamente, foi nomeado de 2019-nCoV.

A Covid-19 é uma enfermidade que ataca as vias respiratórias e pode causar sintomas semelhantes ao resfriado comum e outras viroses, como febre, dor de garganta, tosse e coriza.

Em algumas pessoas o quadro pode se acentuar, chegando a afetar a capacidade respiratória e as vias respiratórias inferiores como o acúmulo de líquido nos pulmões, quando é caracterizada como pneumonia viral. Aparentemente, situações pré-existentes (diabetes, doenças do coração, imunidade baixa) e idade avançada são fatores que podem agravar a doença.

Cientistas acreditam que o vírus seja uma mutação de outro semelhante que afetou algum animal ainda não identificado na cidade de Wuhan. Também já foi confirmada a transmissão entre seres humanos que tiveram contato próximo com infectados.

Trata-se do contato físico de cuidadores, profissionais de saúde, familiares e qualquer pessoa que se aproxime a 2 metros ou menos de pessoas doentes. Essas pessoas costumam ficar no mesmo ambiente da pessoa por longo período sem uso de equipamentos adequados e sendo exposta a gotículas de saliva, tosse, espirros e materiais contaminados por esses fluidos.

Não existe remédio ou vacina para a doença e o tratamento é feito através de repouso, alimentação adequada, antitérmicos e analgésicos. Também está sendo feito o isolamento e quarentena dos infectados para evitar a contaminação de mais pessoas. Nos casos mais agudos, utiliza-se medicação contra pneumonia e oxigenação artificial.

O que é coronavírus?

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Essa grande família de vírus (CoV) é identificada desde 1960 e circula entre animais. Sabidamente, sete integrantes da família conseguiram ultrapassar os hospedeiros animais e infectar seres humanos.

São conhecidos por afetar as vias respiratórias e causar sintomas de resfriado comum como tosse, dor de garganta e coriza. Um dos integrantes mais conhecidos dessa família — e perigosos — é o causador da SARS (sigla em inglês de Severe Acute Respiratory Syndrome ou Síndrome Respiratória Aguda Grave). Ele foi identificado na China em 2002, se espalhou pelo mundo inteiro resultando em mais de 8 mil casos e 800 mortes (letalidade de 10%).

O surto de SARS que iniciou em 2002, se espalhou pelo mundo e ganhou status de epidemia, deixando as autoridades de saúde e políticas, além das populações do globo, em alerta.

Os sintomas eram os tradicionais de infecções virais respiratórias: como febre, dor de cabeça, calafrios e dores musculares, tosse seca e, às vezes, dificuldade para respirar. Mas não há nenhum novo caso registrado da enfermidade desde 2004, o que a coloca no patamar de doença erradicada.

Além do SARS, a família corona também é responsável pela MERS (Síndrome Respiratória do Ensino Médio) identificada pela primeira vez em 2012 na Jordânia e Arábia Saudita; com 2200 casos confirmados e 790 mortes até o início de 2018.

Prevenção ao coronavírus

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O Brasil segue sem casos confirmados da doença e em último relatório (20/02) apenas um caso suspeito em São Paulo, depois de 50 descartados.

As orientações das autoridades e do Ministério da Saúde se referem, principalmente, àqueles que viajaram ou têm contato com pessoas que foram para a China. Estas devem procurar atendimento médico imediatamente em caso de apresentarem os sintomas. Se não é o seu caso, dificilmente você terá contato com o vírus. Mesmo assim, essas são as recomendações do governo brasileiro:

  • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
  • Realizar lavagem frequente das mãos.
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal.
  • Manter os ambientes bem ventilados.
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

O que é boato em relação ao coronavírus

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A gravidade crescente do caso e o número cada vez maior de pessoas confirmadas com a doença, além das mortes, fez o pânico se instalar. Nesses momentos, qualquer boato é tomado como verdadeiro, com consequências realmente sérias.

Entre as fake news, as mais prejudiciais aconteceram em relação aos asiáticos ou descendentes residentes em outros países, que relatam a xenofobia sofrida ao redor do mundo: xingamentos, hostilidade e agressões são alguns dos acontecidos.

O que parece ser consenso entre os que sofrem xenofobia e preconceito pela ascendência (ou apenas fenótipo) é a recusa em serem resumidos ao coronavírus. Vários se manifestaram em redes sociais, vídeos e textos, rechaçando a reação desproporcional e vexatória de vários grupos. 

Além deles, veículos de comunicação também se esforçam para não piorar o estigma alimentado por informações falsas como a foto de uma sopa de morcego que seria a causadora da transmissão da doença. Ou ainda, a possibilidade de uma encomenda chinesa contaminar o destinatário.

Para informações oficiais consulte a página de atualização constante criada especificamente para o novo coronavírus pelo Ministério da Saúde, a Plataforma IVIS.

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