Você já deve ter ouvido alguém reclamar de uma dor que não passa. Trata-se da chamada dor crônica, ou seja, que persiste por pelo menos três meses. A cefaleia, as lombares e musculares são alguns exemplos de dores crônicas que nem sempre são detectadas em exames ou derivam de alguma doença.

dorcronica - Dor crônica: entenda o que é e como resolver

A dor crônica é um mal que afeta cerca de 60 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). É um incômodo que não deve ser negligenciado e pode ser amenizada por meio de tratamento.

Muitas vezes, se não cuidada, a dor crônica pode se transformar em doença ou desencadear um novo problema no paciente. Como a queda na qualidade de vida, improdutividade no trabalho, desânimo e irritabilidade. Ou seja, além do sofrimento físico, há também o psicológico.

Características da dor crônica

As características da dor crônica são diferentes daquelas da dor aguda. Para que você saiba distinguir bem a dor crônica da aguda, destacamos as principais características de cada uma.

Além de ser contínua e persistir no tempo interferindo no dia a dia das pessoas, a dor crônica geralmente surge após uma quadro de alteração da saúde, como uma lesão ou infecção. Pode piorar de intensidade devido a fatores externos e psicológicos.

A dor crônica pode causar efeitos estressantes ao corpo, gerados pelo tensionamento dos músculos. E pelas limitações que provoca, causando danos emocionais, como depressão e ansiedade. Conheça outras consequências da dor crônica:

  • Incapacidade física e funcional.
  • Dependência.
  • Afastamento social.
  • Alterações na libido.
  • Mudanças na dinâmica familiar.
  • Desequilíbrio econômico.
  • Queda da disposição e de energia;
  • Falta de esperança.

Mesmo se não puder ser curada, a dor crônica pode ser tratada. Usando medicamentos, como os analgésicos e também por meio de outras alternativas, como acupuntura, fisioterapia e cirurgia.

De acordo com especialistas neste tipo de tratamento, a dor crônica, assim como várias patologias, também possui fatores de risco. Ela ocorre principalmente nas pessoas que possuem algumas das seguintes características:

  • Sexo feminino, ou seja, mulheres são mais suscetíveis.
  • A tendência da dor aumentar entre 60 e 65 anos.
  • Nível socioeconômico e de instrução mais baixo.;
  • Excesso de peso ou obesidade.
  • Regiões mais afetadas costumam ser as zonas lombar e cervical, a cabeça e os membros.
  • Quadro de ansiedade.
  • Transtornos depressivos.
  • Não ter emprego.
  • Ter vivido uma história de acidente de viação.

Características da dor crônica e da dor aguda

Diferentemente da dor crônica, a dor aguda não costuma durar muito e pode ser causada por algum ferimento ou machucado no corpo. Trata-se de uma reação rápida do organismo que podemos sentir logo após uma queda ou um corte, por exemplo.

Essa dor tem um tempo determinado, pode ser momentânea ou até se tornar crônica se não for devidamente curada. A dor aguda desaparece depois de curado o local dolorido. As principais causas de dor aguda são:

  • Ossos quebrados.
  • Cortes.
  • Queimaduras.
  • Cirurgia.
  • Tratamento odontológico.

Veja os principais tipos e as causas da dor crônica

Os tipos da doença crônica se dividem em três grupos. Confira o conceito de cada um e suas possíveis causas:

Dor nociceptiva ou somática

Surge provocada por uma lesão ou inflamação dos tecidos da pele. O problema é detectado pelos sensores do sistema nervoso como uma ameaça, A dor persiste até que a causa seja resolvida.

O que pode causar: corte, queimadura, pancada, fratura, entorse, tendinite, infecção, contraturas musculares.

Dor neuropática

Ocorre por disfunção do sistema nervoso (cérebro, medula ou nervos periféricos). Pode surgir na forma de queimação, agulhadas ou formigamento.

O que pode causar: neuropatia diabética, síndrome do túnel do carpo; neuralgia do trigêmeo, estreitamento do canal medular, após AVC, neuropatias de causas genéticas, infecciosas ou por substância tóxicas.

Dor mista ou inespecífica

Causada por componentes da dor nociceptiva e da neuropática ou por causas desconhecidas.

O que pode causar: dor de cabeça, hérnia de disco, câncer, vasculite, osteoartrose.

dorcronica2 - Dor crônica: entenda o que é e como resolver

Como a dor crônica pode ser tratada?

Ninguém merece ficar com uma dor crônica. Ainda bem que há maneiras de aliviar os sinais e tratar as principais ocorrências. Mas lembre-se: o tratamento é individualizado e customizado de acordo com as necessidades de cada paciente. E deve ser orientado por um médico. O que pode ser feito:

  • Remédios: indicados de acordo com a intensidade da dor. Para dor leve ou de grau 1, normalmente são receitados analgésicos ou anti-inflamatórios. Para a dor moderada ou grau 2, acrescentam-se os opióides fracos. Por fim, para a dor intensa, além dos medicamentos ministrados para os graus 1 e 2, somam-se ainda os opióides fortes. Há casos em que os médicos prescrevem também a utilização de antiepiléticos, antidepressivos e relaxantes musculares.
  • Injeções e infiltrações: podem ser utilizadas no local de dor principalmente do tipo neuropática ou mista.
  • Fisioterapia: indicada quando há limitação do movimento. Utiliza exercícios apropriados que aliviam a dor e evitam o enrijecimento da articulação e flacidez muscular.
  • Terapias alternativas: melhoram a percepção corporal, aliviam a tensão e os estímulos nervosos e ajudam a prevenir novos quadros de dor. Entre as variadas opções, destacam-se a terapia cognitiva comportamental (psicoterapia voltada para situações de depressão e ansiedade), massagem (dores musculares associadas a contraturas e tensão), acupuntura e agulhamento (alívio da dor do tipo miofascial, associada a contraturas, osteoartrite e dores musculares no geral), atividades físicas, prática do Yoga, adoção de um esporte, técnicas de relaxamento, pilates, rotina fitness e hidroterapia.
  • Cirurgia: é utilizada quando os outros meios de tratamento não são bem-sucedidos. Normalmente os procedimentos cirúrgicos são realizados por neurocirurgiões e ortopedistas. As operações mais comuns são para corrigir alterações estruturais e anatômicas da coluna vertebral e para implantar neuroestimulador na medula espinhal.

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