A depressão e ansiedade são doenças graves e que atualmente estão gerando grande preocupação para saúde pública. E não é por menos, já que seus números crescem de uma forma quase epidêmica. As consequências são muito graves que podem ser desde afastamento do trabalho, perda do emprego e até mesmo o óbito.

Dentre as muitas consequências, confiram alguns números que confirmam a gravidade da situação:

  • Considerada como mal do século, a depressão aflige 332 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
  • Mais de 18,6 milhões de brasileiros têm distúrbios relacionados à ansiedade. Não é pouco considerando que isso representa 9,3% do total da população.
  • Mundialmente, são registrados cerca de 800 mil casos de pessoas que tiram a sua própria vida, sendo boa parte devido à depressão e ansiedade. Este número pode ser ainda maior se considerarmos que este dado refere-se a 2012.

Além disso, a depressão e ansiedade são envoltas em muito desconhecimento e preconceito. E acreditem, a falta de informação é a maior inimiga das pessoas acometidas por esse mal. Quando se tratam de doenças físicas, é muito comum buscar ajuda. Porém, quando o problema é psicológico, isso pode ser confundido pelas pessoas que rodeiam e até mesmo pelo próprio enfermo como “falta de vontade”, “frescura”, “excesso de sentimentalismo” etc. E isso pode ser tão grave quanto a própria doença.

Quando o enfermo não acredita ou encara o problema de depressão e ansiedade da com a gravidade devida, ele deixa de buscar ajuda o que agrava ainda mais a sua situação. Ou ainda busca ajuda em pessoas que não são qualificadas para lidar com o problema, fazendo-o gastar recursos preciosos com algo que não lhe trará nenhum benefício.

Diante disso, nós produzimos um artigo especial para você. Aqui você vai entender o que são ambas as doenças, principais sintomas e muito mais.

Ah, e antes de continuar, saiba que o que descrevemos aqui são sintomas. Quem pode realmente dar o diagnóstico é apenas um psicólogo ou psiquiatra. Até por que as doenças mentais, às vezes, possuem sintomas similares, mas tratamentos completamente diferentes. Somente um profissional da saúde mental poderá ajudá-lo. Então nada de autodiagnóstico, viu?

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Conhecendo melhor as características da depressão

Quando falamos em depressão, é importante salientar que períodos de tristeza e problemas todo mundo tem. Quando a apatia e a tristeza profunda se prolongam por muito tempo, aí sim podemos suspeitar que a alguma coisa errada.

Você sabia que as mulheres correm mais risco de ter depressão. Por isso, se você é mulher, redobre a atenção quanto aos primeiros sinais, entre eles, o desânimo, a fadiga, o estresse e as alterações rápidas de humor, por exemplo. Mas os homens não estão livres.

É bastante comum ouvir de quem passa por um estado grave de depressão, a colocação de que dói a alma. Confira os demais sintomas:

  • angústia profunda e insistente, chegando a doer o peito;
  • distúrbios do sono: insônia ou dormir demais. A pessoa não consegue dormir sem remédio ou não quer sair da cama pra nada;
  • falta de foco;
  • dificuldade de concentração;
  • choro fácil e, algumas vezes, sem motivo aparente;
  • tristeza em demasia;
  • baixa autoestima;
  • pânico frente a algumas circunstâncias;
  • muita fome ou pouca fome;
  • taquicardia;
  • dores de cabeça e em outras partes do corpo.

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A ansiedade benigna

Sempre é bom lembrar que a ansiedade e algumas de suas consequências no corpo e na mente são sentimentos naturais e positivos. Isso mesmo.

Aquele frio na barriga e outros desconfortos antes de uma apresentação para a diretoria ou um coração acelerado horas antes de realizar uma prova difícil fazem parte do jogo. Não podem e nem devem ser considerados como distúrbio de ansiedade.

Tanto na espécie humana, quanto nos animais, a ansiedade é comum e protege os seres do perigo iminente. O problema está na dose e na intensidade de vezes em que isso ocorre.

Se for na medida certa, a ansiedade é proveitosa porque garante a própria sobrevivência das espécies. Mas quando é em excesso, atropela outros mecanismos naturais e acaba paralisando a pessoa.

Como o distúrbio de ansiedade se manifesta?

Quando a ansiedade vira doença, o sofrimento é grande em questões rotineiras como fazer uma mala pra viajar, por exemplo. Ou simplesmente tomar o café da manhã.

Já nos estágios mais avançados, o paciente tem todos seus compromissos impactados. Ou seja, a pessoa vai perdendo sua autonomia, tem sua agenda completamente prejudicada e sofre bastante devido a fatos corriqueiros que, antes do diagnóstico, eram administrados sem problema algum.

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Além disso, é importante estar atento aos sintomas que podem indicar ansiedade. Confira os principais:

Sintomas físicos

  • frio na barriga;
  • tontura;
  • comichão;
  • sentir-se inquieto ou incapaz de ficar parado;
  • dores de cabeça, dores nas costas ou outras dores;
  • respiração agitada;
  • um batimento cardíaco acelerado ou irregular;
  • sudorese;
  • transtornos do sono como insônia, por exemplo;
  • bruxismo;
  • náusea (enjoo).

Sintomas psicológicos

  • nervosismo constante;
  • medo exagerado e constante
  • sentir-se desconfortável quando está próximo de outras pessoas
  • sentir como se fosse o foco das antenções
  • preocupação constante como se algo ruim estivesse prestes a acontecer o tempo todo;
  • pânico (ataques de pânico);
  • estar sempre relembrando de experiências ruins;
  • despersonalização: sentir-se desconectado com o corpo ou a mente.

O que há de diferente entre a depressão e a ansiedade?

São poucas as diferenças entre depressão e ansiedade. Até para os especialistas diferenciarem as duas doenças é difícil porque, muitas vezes, os sintomas se confundem.

E quase sempre aparecem sinais de depressão e ansiedade ao mesmo tempo. Diante de tudo isso, dificilmente o próprio paciente, seus familiares, amigos ou colegas de trabalho são capazes de determinar com certeza quando depressão e ansiedade estão estabelecidas.

Por isso, nada como um profissional de saúde, seja psicólogo ou médico psiquiatra para se chegar a um diagnóstico confiável. Ele vai perguntar e avaliar o histórico familiar da pessoa, se houve ou há muitos casos similares entre avós, pais, irmãos, tios e tias. Já que a depressão pode ser hereditária.

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Depressão e ansiedade: Veja as semelhanças entre as duas!

Tanto na depressão, quanto na ansiedade, a pessoa:

  • Tem medo de não conseguir seguir em frente. Se sente paralisada.
  • Apresenta um nervosismo exacerbado que teima em aparecer nos momentos mais impróprios e inadequados.
  • Se sente impedida de fazer as tarefas rotineiras que, antes do problema aparecer, eram simples de serem realizadas.
  • Para sair de casa, passa por um verdadeiro martírio, fazendo a si mesma perguntas que não cessam nunca como: Onde está a chave? Estou levando tudo que preciso? Minha roupa está adequada? Vai fazer frio?
  • Tem dificuldade em tarefas simples, como por exemplo fazer um bolo seguindo uma certa receita;.
  • Transforma tudo numa ocasião de estresse elevado ao extremo.
  • A prevenção é possível e passa pela mudança de hábitos, como ter atividade física regular, praticar esportes, aprender a ticar um instrumento, fazer yoga e meditação, etc.
  • Outros episódios da mesma doença podem voltar ao longo da vida. Mas aí já se sabe do que se trata e fica mais fácil se ajudar.
  • Os tratamentos são longos, mas eficazes.
  • Os transtornos causados afetam não só o paciente, mas a todos que com ele convivem.
  • A psicoterapia é indicada.

O que pode causar a depressão e ansiedade? E quais as consequências?

A depressão e a ansiedade têm inúmeras causas. Às vezes, um grande trauma como sequestro, aborto, assalto à mão armada e estupro pode desencadear um processo que leve à doença.

A instabilidade emocional derivada da morte de alguém muito próximo, como filhos, pais, irmãos também tem chance de ser um gatilho para o desenvolvimento deste mal. Até mesmo a genética pode contribuir para o surgimento destas doenças.

A consequência mais séria da depressão é o suicídio. Mas os demais impactos da depressão são graves, seja com relação a relacionamentos, sofrimento intenso, perda de emprego e outras doenças psicossomáticas.

Por isso, diante dos primeiros sinais, não hesite em procurar ajuda. Você não precisa passar por esse sofrimento.

Tratamentos: Como superar estas doenças?

Os tratamentos minimizam os impactos da depressão e da ansiedade no dia a dia das pessoas. São baseados em psicoterapia, remédios, mudanças no estilo de vida e em uma série de outras recomendações. E não devem ser interrompidos sem orientação.

Nem tudo é má notícia quando falamos de depressão e ansiedade. Pelo contrário. Acompanhe os fatores positivos:

  • O Brasil e o mundo estão mais atentos quanto a estes temas;
  • Há cada vez mais pesquisas sobre o assunto. E, graças a elas, estas doenças podem sim ser tratadas e controladas de forma segura;
  • Se você identificar que está tendo os primeiros sinais de depressão ou ansiedade, você pode buscar ajuda profissional e competente. Hoje, os médicos psiquiatras e psicólogos estão mais aptos para confirmar ou não o diagnóstico;
  • Há muitos casos de superação sendo relatados;
  • A prevenção é possível. E o simples fato de você ter um hobby, seja ele qual for, e adotar uma alimentação saudável contribui bastante para prevenir a depressão e ansiedade.

Quando falamos em medicamentos, sempre é bom lembrar que a prescrição deles é atribuição exclusiva dos médicos e muito mais comum na depressão do que nos casos de ansiedade leve.

E principalmente, falamos na introdução e vamos ressalta aqui e agora: apenas um psicólogo ou psiquiatra podem fazer o diagnóstico e ministrar o tratamento. Isso é muito importante. Depressão e ansiedade é coisa séria e apenas profissionais preparados podem lidar com essa situação. Caso contrário, há um risco muito grande de agravar o quadro.

Gostou? Então, previna-se, compartilhe este artigo nas suas redes sociais e deixe comentários. Quanto mais informações sobre depressão e ansiedade as pessoas tiverem, melhor!