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Guia do vinil: como manusear e conservar seus discos e vitrola

Como você sabe, colecionar vinis era um hobby apreciado apenas pelos saudosistas amantes do analógico, mas as coisas mudaram muito nos últimos anos. De fato, o borrachudo vem experimentando um renascimento surpreendente e segue conquistando os jovens corações da era dos serviços de streaming.

Artistas renomados, bandas indie que voltaram a abraçar o formato e eventos extremamente populares como o Record Store Day dão ao público uma desculpa para mergulhar de vez no quente mundo da bolacha, fazendo com que a sua popularidade crescesse tanto que novas fábricas surgiram para atender a demanda.

Mas como em qualquer hobby é preciso cuidar da sua coleção com cuidado, não é mesmo? Para te ajudar, montamos esse guia do vinil com tudo que você precisa saber sobre o assunto! Acompanhe!

Guia do vinil — Tudo o que você precisa saber sobre a bolacha

Um pouco de história 

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Um guia do vinil precisa começar com um pouco de história, não é mesmo?

Os primeiros discos de plástico flexível foram produzidos pela RCA Victor — tinham 12 polegadas de diâmetro. O lançamento foi um fracasso — o público não tinha equipamento de reprodução e os Estados Unidos enfrentavam uma grande recessão econômica.

No entanto, a Columbia Records continuou a desenvolver essa tecnologia e, em 1948, lançou o disco de microgroove de 12” Long Play (LP) de 33 1/3 rpm.

A rivalidade acirrada entre a RCA Victor e a Columbia Records levou à introdução de um formato concorrente pela primeira empresa, o Extended Play (EP) de 7”/ 45 rpm. Esse período da década de 50 ficou conhecido como a “Guerra das Velocidades”.

Com o passar do tempo, o LP de 12”/ 33 1/3 rpm se tornou o formato predominante para álbuns, e o de 7” se tornou o mais escolhido para singles. O vinil que permitia reproduzir até 30 minutos de cada lado cresceu vertiginosamente  e só entrou em declínio com o lançamento do CD, na década de 80.

Qualidade do som

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Muitos especialistas acreditam que o som da velha guarda é muito superior ao do áudio digital, especialmente quando comparado  aos formatos usados pelos serviços de streaming.

Claro, é possível encontrar alguns arquivos digitais com qualidade superior, como o FLAC (Free Lossless Audio Codec). No entanto, é preciso pagar por eles, o que pode sair bem mais caro que o bom e velho LP.

Onde comprar

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Entrar em uma loja de discos e conhecer todo o seu acervo é uma experiência arrebatadora. Mesmo em uma pequena empresa do ramo não há como ver todos os exemplares de uma só vez.

Atualmente, não é preciso andar de loja em loja para comprar o sua banda favorita. Claro, o ideal é verificar o estado do disco pessoalmente, no entanto, existem empresas online onde é possível comprar essas preciosidades como a Amazon, a Wish e o Submarino.

Prefere discos antigos? A Vinil Record é uma plataforma onde você poderá encontrar algumas das joias mais raras do mundo fonográfico.

Vale observar ainda que os discos de vinil abrem a possibilidade de comprar uma seleção limitada de músicas dos artistas que você deseja apoiar. Beyoncé e Taylor Swift, por exemplo, não precisam dos dez reais de um disco de vinil uma vez que já eram milionárias antes de passarem a receber $ 0,006 por transmissão do Spotify. O dinheiro de um disco, no entanto, pode fazer toda a diferença para as bandas que estão começando.

Manuseio e conservação

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Não segure o vinil pelas ranhuras, essa é um dica importante desse guia do vinil. O ideal é tocar apenas as bordas e o centro para evitar que a sujeira e as marcas dos dedos prejudiquem a qualidade do som. Além disso, você pode acabar arranhando o seu precioso LP.

Discos de vinil devem ficar bem longe das impurezas do ambiente, já que a poeira pode danificá-los ou estragar a agulha da vitrola. Por isso, antes de usá-los limpe-os com um paninho seco e mantenha a tampa do toca-discos fechada enquanto os discos estiverem tocando.

Para armazenar os discos, uma opção bastante popular é a estante da Ikea, a Kallax. Embora seja um móvel mais compacto que o seu tataravô o Expedit, esse modelo pode durar muitos anos. Como é uma peça modular, você pode montar uma parede inteira de álbuns ou separar um canto da sala para os seus discos favoritos.

Toca discos

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Embora seja fácil encontrar toca-discos decentes a preços bastante atrativos, é altamente recomendável ficar longe dos aparelhos de som estilo tudo-em-um com amplificador e alto-falantes integrados.

Um dos modelos mais buscados pelos leitores de um guia do vinil são os toca-discos portáteis, como o da Crosley Cruiser. O aparelho é prático e fácil de usar, basta ligá-lo para desfrutar de um som límpido e de qualidade.

Claro, nem tudo são flores — os problemas dos toca-discos mais baratos começam a surgir com o uso prolongado. Seus mecanismos são fabricados de materiais como o plástico e cerâmica, o que faz com que o prato do LP e a agulha não sejam tão confiáveis quanto os dos equipamentos profissionais.

Esses modelos top de linha contam com braços metálicos e cápsulas magnéticas para a agulha, o que garante a durabilidade do equipamento.

Mas quando trocar a agulha? Se você notar alteração dos graves ou dos agudos e a diminuição do som, está na hora de substituí-la. Se o braço da vitrola pular direto para o final do disco ou tremer enquanto uma música estiver tocando é sinal que precisa ser reparado.

Dica profissional desse guia do vinil: Caso você não saiba, os fones de ouvido permitem desfrutar ainda mais o som de um vinil. Essa configuração intimista permitirá ouvir todos os detalhes que essa ferramenta tem a oferecer (e, sim, os estalos e ruídos adicionais, mas isso faz parte da experiência).

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