Os foguetes já estão preparados para explodir a meia-noite. O champanhe está no gelo e as taças já foram postas lado a lado. E você, com certeza, receberá muitos elogios com uma playlist alegre e cheia de álbuns brasileiros para o réveillon para alegrar a noite.

Entre versões de clássicos da MPB, músicas dançantes e canções que aquecem o coração a sua virada de ano terá, com certeza, uma trilha inesquecível, quer você tenha planos que incluam confete, serpentina e alguns amigos ou tenha decidido passar a noite no conforto do seu pijama de flanela.

Vamos lá? Aqui estão alguns álbuns brasileiros para o reveillon que não podem faltar na sua comemoração:

8 álbuns brasileiros para o reveillon

1. Cícero – Cosmo (2020, Independente)

O quinto álbum do cantor e compositor carioca Cícero Rosa Lins fala sobre amor e solidão. Canções como Esquinas e A Chuva celebram a alegria dos dias e o medo de que tudo acabe de repente.

Em Some Lazy Days, o artista canta: “Mulher, eu vou fazer um filme, vai se chamar Some Lazy Days, nele não vai ter sirene, a gente vai ficar de bem” sem pressa, expressando toda a alegria do amor e do reencontro na turbulência dos dias.

Ao longo do álbum nos deparamos com outras inquietações, que guiam a experiência do ouvinte até a última canção da obra.

2. Jup do Bairro – Corpo Sem Juízo (2020, Independente)

Outra boa dica de álbuns brasileiros para o réveillon? Em Corpo Sem Juízo, Jub do Bairro fala sobre amores, medos e conflitos internos – tudo o que faz o corpo sair do prumo.

Nesse universo, a alma transpira poesia e tudo pode acontecer. De fato, a cantora muda de identidade em cada canção e passa do rip hop ao R&B em All You Need Is Love até encontrar o hard rock na faixa Pelo Amor de Deize que fala sobre superação e preconceito.

As canções se entrelaçam de forma harmônica, proporcionando uma experiência única ao ouvinte.

3. Mombojó – Deságua (2020, Independente)

O sexto álbum do grupo pernambucano Monbojó tem forte discurso político e descreve, como poucos, o retrocesso social e o conservadorismo que marcam o período atual.

No entanto, as músicas também esboçam esperança como na faixa “O Valor da Coragem”, inspirada no discurso de Fernando Haddad que fala da importância de “defender a justiça, aprender com a memória já que a vida é feita de coragem”.

Deságua é um aglomerado de canções melódicas e cheias de poesia que nos levam a refletir sobre a vida e sobre o nosso dia a dia.

4. Djonga – Histórias da Minha Área

O quarto álbum do mineiro da zona lesta Djonga é cheio de histórias da sua vida, dos seus amigos e de todos que fazem parte da sua história. O olhar do artista dialoga com toda a comunidade da região onde mora dá voz a angústias e temores.

Com participações de MC Don Juan, Cristal e FBC, o rapper reafirma a sua identidade em cada faixa sem deixar de lado o discurso político como na confessional “Procuro Alguém”: “Se a gente não anda junto, tem risco de se perder, são tempos difíceis”.

5. Letrux – Letrux aos Prantos

Depois da euforia de “Em Noite de Climão”, a artista se mostra mais intimista no recém lançado “Aos Prantos”, que fala de solidão, encontros e desencontros. Tudo é permitido: suar, gritar e gozar. Só não pode magoar.

A sonoridade eletrônica do disco expressa toda a dualidades desse momento de quarentena como na poética “Estou aos Prantos”, onde Letícia canta: (Eu ia) numa bruta agonia, (No sonho) parte pro sonho, eu estou aos prantos, quem não?

6. Fran – Raiz

Raiz é o álbum de estreia de Fran, apelido de Francisco Gil (neto do multitalentoso Gilberto). Ao longo das faixas, o artista mergulha na sua ancestralidade afro-baiana, flertando com o afoxé e o R&B.

A pimenta baiana tempera várias faixas de Raiz como Denguinho e Eu mais tu, xote composto por Fran que conta com a participação do cerarence RAPadura Xique-Chico e da sanfona de Mestrinho.

O álbum mostra ainda o lado romântico do artista nas baladas Eu reparo e Bateu forte, que evocam o soul norte-americano e são perfeitas para dançar no final da noite.

7. Vários Artistas – Acorda Amor

“Eu não quero mais conversa, com quem não tem amor!” É o que diz a faixa de abertura do álbum que celebra o amor e a liberdade. Lançado pelo Selo Sesc, o Acorda Amor reúne as potentes vozes da nova geração da música brasileira: Letrux, Luedji Luna, Maria Gadú, Liniker e Xênia França. Um bálsamo entre os álbuns brasileiros para o reveillon.

Com direção impecável de Décio 7 (Bixiga 70) e Roberta Martinelli (Cultura Livre) o álbum é um manifesto que por meio de releituras de clássicos da nossa música traz conforto aos corações nesse momento tão turbulento da nossa história.

8. Lucas Boombeat – Nem Tudo É Close

Entre os álbuns brasileiros para o réveillon está nem Tudo É Close – um ato de resistência. O discurso ritmado e vibrante do jovem Lucas Boombeat, integrante do grupo de rap nacional Quebrada Queer, descortina as dificuldades do seu dia a dia.

Nem Tudo É Close nos mostra que o glamour e a luta pelo empoderamento são construídos sobre uma história repleta de dor e perdas. Mas claro, esse discurso também expressa momentos felizes, celebrados ao lado de artistas como Ecologik, Gloria Groove, , Harlley, Murillo Zyess, e Bivolt.

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