A varíola do macaco é uma doença causada pelo vírus monkeypox da mesma família do vírus da varíola humana (smallpox). No entanto, as consequências deste mal são bem menos sérias para os infectados. Este artigo vai sanar suas dúvidas, acompanhe!

varioladomacaco - Saiba mais sobre a varíola do macaco

O nome monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus, origina-se da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.

Atualmente, a doença é bastante comum na África Central e na África Ocidental. E, com mais intensidade, em áreas de floresta tropical.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), somente em 2022 foram relatados quase 1,3 mil casos. E registradas mais de 50 mortes na República Democrática do Congo, onde há densas florestas. Já o Brasil tem confirmado 106 casos de varíola do macaco.

Ainda, segundo os dados do Ministério da Saúde, os casos registrados até 7 de julho deste ano são:

  • 75 em São Paulo;
  • 20 no Rio de Janeiro;
  • 3 em Minas Gerais;
  • 2 no Ceará;
  • 2 no Paraná;
  • 2 no Rio de Grande do Sul;
  • 1 no Distrito Federal;
  • 1 no Rio Grande do Norte.

Como ocorre a transmissão da varíola do macaco?

A varíola dos macacos é transmitida quando há contato próximo de uma pessoa com uma outra infectada. O vírus pode entrar no corpo por lesões da pele, pelo sistema respiratório ou pelos olhos, nariz e boca. Apesar de não ser uma doença de fácil contaminação, saiba quais as formas pelas quais o vírus pode infectar:

  • No contato com roupas, lençóis e toalhas usadas por alguém com lesões de pele causadas pela doença;
  • No contato com bolhas ou casquinhas na pele de pessoas lesionadas;
  • Pelas gotículas expelidas por tosse ou espirro de pessoas com a doença;
  • Por meio de relação sexual com pessoa infectada pelo vírus;
  • No contato com animais infectados, como macacos, ratos e esquilos.

Vale lembrar que a varíola do macaco não é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST).

Quais os sintomas da varíola do macaco?

Os sintomas da varíola do macaco são muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da varíola dos macacos leva de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.

Preste atenção nos seguintes sintomas para casos suspeitos, prováveis, confirmados e que podem variar.

Casos suspeitos

  • A primeira manifestação a ser observada é a apresentação de bolhas (pústulas) na pele de forma aguda e inexplicável.
  • Esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica;
  • Dor de cabeça;
  • Febre acima de 38,5°C;
  • Linfonodos inchados;
  • Dores musculares e no corpo;
  • Dor nas costas;
  • Fraqueza profunda.

Sempre é necessário fazer um exame específico para confirmar ou descartar a doença. O exame realizado para detectar o vírus da varíola do macaco é chamado de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real e/ou sequenciamento.

Casos prováveis

Para os casos prováveis, estão incluídos todos os sintomas dos casos suspeitos e levantada a seguinte investigação:

  • Se a pessoa sintomática teve contato físico pele a pele ou com lesões na pele;
  • Contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes doinício dos sintomas;
  • Se teve histórico de viagens para um país endêmico;
  • Se teve contato com possíveis infectados no mesmo período;
  • Se teve resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

Casos confirmados

As situações de casos confirmados ocorrem quando o teste laboratorial aponta positivo para o vírus da varíola dos macacos.

Vacinas contra a doença do macaco

varioladomacaco2 - Saiba mais sobre a varíola do macaco

Não existe vacina contra a varíola dos macacos. Mas a OMS explica que a vacina para a varíola tradicional é até 85% eficaz para prevenir casos da doença atual. As pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas com a erradicação da doença em 1980.

Além disso, não há consenso entre os cientistas se quem tomou a vacina tem algum tipo de proteção. O Ministério da Saúde não tem estoques do imunizante contra a varíola no Brasil, mas poderá importar doses, caso haja necessidade.

Atualmente a vacina tem sido ofertada apenas para profissionais da saúde e pessoas que tenham contato direto com pacientes e pessoas infectadas.

A OMS não vê necessidade de campanhas de vacinação em massa, já que o cenário de risco global é moderado, mesmo com o aumento de casos. As duas vacinas atuais contra a varíola humana são a ACAM2000, da Sanofi Pasteur e a JYNNEOS, também conhecida como Imvamune ou Imvanex), da Bavarian Nordic.

No entanto, nenhuma delas está amplamente disponível.

Estudos indicam que a varíola humana teria surgido na Índia, existindo descrições na Ásia e África antes mesmo da era cristã. No Brasil, a doença foi descrita pela primeira vez em 1563, na Bahia. A varíola é provocada por um vírus transmitido, principalmente, por gotículas eliminadas pelo doente.

Como se prevenir da varíola do macaco?

Prevenir-se da infecção e interromper a transmissão da varíola do macaco dependem da conscientização de cada um. Bem como dos cuidados das populações. E da educação dos profissionais de saúde.

Veja as principais formas para se prevenir da doença:

  • Sempre higienize as mãos com água e sabão;
  • Limpe bancadas e equipamentos de uso comum;
  • Use proteção ao praticar sexo;
  • Evite contato com animais doentes, mortos, ou que possam estar infectados;
  • Caso necessite lidar com animais, utilize equipamento de proteção individual (EPI);
  • Não se esqueça de higienizar suas mãos e os equipamentos;
  • Se estiver em ambiente de pessoas contaminadas, não se deite na cama onde a pessoa estava;
  • Lave os lençóis, cobertores, mantas, roupas, e demais pertences da pessoa infectada;
  • Não compartilhe objetos e utensílios;
  • Mantenha o ambiente arejado;
  • Não toque diretamente nas feridas, use luvas;
  • Descarte o lixo em local adequado, sinalizando o potencial risco de infecção.

Tratamento e isolamento

Caso se contamine ou saiba de alguém com o problema, contate o órgão de saúde responsável da sua região, para ser monitorado. E faça isolamento para não espalhar o vírus. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faz as seguintes recomendações:

  • Manter distância mínima de 1 metro entre os leitos dos pacientes;
  • Isolar os pacientes infectados até o desaparecimento das “crostas” das lesões;
  • De preferência, acomodar em quartos privativos;
  • Não receber visitas ou ter acompanhantes;
  • Instalar barreiras físicas nas áreas de triagem de casos suspeitos;
  • Coletar amostra do vírus para análise laboratorial.

Não existe um tratamento específico para combate à varíola do macaco, já que os sintomas costumam desaparecer após algumas semanas. Porém, em alguns casos, o médico pode indicar o uso de alguns medicamentos para aliviar os sintomas mais rapidamente.

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