
Liderança feminina: a importância no mercado corporativo
Como em todos os aspectos vida, as mulheres vêm pouco a pouco conquistando mais direitos. Elas ganham destaque na mídia, no universo político e em novos lugares de fala. No mundo corporativo ocorre o mesmo. A liderança feminina alcança cargos mais altos, melhores salários e participação bem mais ativa nas decisões estratégicas.
Tudo isso foi conquistado a duras penas. E os desafios, preconceito e outras dificuldades para alcançar definitivamente a igualdade de gêneros continuam no dia a dia.

O que é liderança feminina?
O termo liderança feminina não deve ser confundido com feminilidade. Este último conceito significa a qualidade ou caráter de mulher, comportamentos que se esperam que as mulheres tenha em sua existência. Não é disto que trata este artigo.
Espaços da sociedade que, até então, eram dominados pelos homens, passam a ser compartilhados também entre mulheres. Elas passam a ser responsáveis por mudanças significativas e transformadoras. É neste contexto que surge a chamada liderança feminina e a geração de representatividade e empoderamento.
O principal resultado deste movimento é que a população feminina passa a ficar melhor assistida por quem realmente entende suas necessidade, interpreta suas dores e acerta muito mais na hora de trazer soluções. Porque vivem as problemáticas na própria pele. Desta forma, as mulheres têm conseguido manter as empresas competitivas.
Exemplos de liderança feminina:
- No governo municipal, estadual e federal, a liderança feminina é responsável por criar políticas públicas, leis e projetos que beneficiem tanto mulheres, quanto homens, de modo igualitário e justo;
- Nos cargos mais altos das empresas, as mulheres têm um olhar mais atento à gestão de pessoas já que o cuidado é um valor intrínseco à sua natureza. Uma de suas muitas competências no mundo corporativo é a facilidade de adaptação às mudanças que ocorrem atualmente numa velocidade cada vez maior;
- Na mídia, ao dirigir, apresentar e produzir programas de TV, novelas, filmes, séries, podcasts, etc. a liderança feminina impõe questões cruciais à valorização da criatividade, do diverso e do inovador. E, principalmente, da mulher no lugar que ela quiser e lhe trouxer maior satisfação.

Quando as mulheres ocupam cargos de liderança, se notam diversos diferenciais fundamentais. Um deles é a maior flexibilização, habilidade bastante relevante hoje em dia no universo corporativo. Elas têm demonstrado o quanto são capazes de administrar diversas responsabilidades ao mesmo tempo, se atentando sempre às necessidades de seus liderados.
A empatia também é uma competência feminina. Mulheres têm maior facilidade para se colocar no lugar do outro, compreendendo melhor os sentimentos das equipes e contribuindo para um clima organizacional mais positivo e engajador. Aumenta, assim, a tendência à cooperação e à sabedoria de delegar tarefas de acordo com o perfil de cada membro do grupo.
A liderança feminina tem mostrado, ainda, o quanto está apta a melhorar os relacionamentos interpessoais no ambiente corporativo. As mulheres são mais acolhedoras, permitindo um ambiente onde todos se sentem mais à vontade para compartilhar ideias e pontos de vistas, mesmo aqueles diferentes da maioria.
Outro ponto no qual elas são bem importantes é referente à comunicação e desenvoltura. Ao lidar com os demais, elas sabem como orientar, permitir o diálogo franco e colher o melhor desempenho dos seus liderados.
Isso constrói um comprometimento maior dos recursos humanos no dia a dia do trabalho. E, consequentemente, um senso de pertencimento que leva a resultados mais consistentes.
Os principais desafios da liderança feminina
Por mais que a liderança feminina venha apresentando desempenho positivo no mercado corporativo, ainda não é possível dizer que não há mais barreiras. Sim, elas existem e precisam ser superadas. Os desafios, portanto, permanecem durante a carreira profissional feminina.
O machismo estrutural talvez ainda seja o maior obstáculo enfrentado pela liderança feminina. Muitas pessoas ainda hoje insistem em defender que as mulheres não têm capacidade para ocupar determinados cargos.
É comum observar maior aceitação das mulheres assumindo funções de cuidadoras, babás, enfermeiras, recepcionistas, professoras e vendedoras. Enquanto cargos em finanças, tecnologia e engenharia são mais ocupadas por homens.
E mais: existe o paradigma de que certas posições só devem mesmo ser oferecidas aos homens. Isso impede que as mulheres demonstrem suas habilidades e competências dentro do ambiente corporativo. O preconceito é, aliás, outra barreira a ser derrubada. A liderança feminina se depara constantemente com a descriminação.
Exemplo disso são os profissionais com grande dificuldade de lidar com mulheres em cargos de liderança. São funcionários que divergem do estilo de liderança feminina, se opondo ao estilo que tende mais a inspirar e influenciar do que comandar.
São pessoas que se destacam por comportamentos desagradáveis como desconfiança e falta de credibilidade. O que só atrapalha e causa desgastes desnecessários.
Na história da humanidade
Você sabia que na Idade da Pedra, mulheres e homens tinham a mesma importância, sendo que ambos faziam atividades de manutenção da caverna, visando a própria sobrevivência e da prole. Pois é.
Isso só mudou quando foram descobertos o ferro, o bronze e outros materiais que modificaram a estrutura social. Os homens com funções mais adequadas às suas características física. E as mulheres sendo reconhecidas como mais fracas. Assim foi na antiga literatura e na mitologia grega, com a parcela feminina sendo silenciada e sem poder algum.
Por milhares de anos, as mulheres permaneciam sem direito ao voto e independência financeira. A liderança feminina surgiu timidamente entre os séculos 18 e 19, certamente depois da Revolução Industrial.
Na Primeira Guerra Mundial, cresceu no mundo, o movimento pelos direitos eleitorais e pela educação formal. Vale lembrar que seguir a carreira para a qual estudou foi uma das questões defendidos pelas sufragistas que conquistaram uma importante vitória na Nova Zelândia em 1893, com direito ao voto feminino. De lá pra cá, a luta continuou e continua.
Leia, também, nosso artigo sobre como se preparar para as profissões do futuro!